quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ANÁLISE DO POEMA “SER POETA” DE FLORBELA ESPANCA

Florbela Espanca, reconhecida como uma grande figura feminina, poeta da literatura portuguesa das primeiras décadas do século XX, nos seus poemas é relacionados sentimentos de sofrimento e solidão associados à imensa ternura e o desejo de felicidade. Uma mulher a frente de seu tempo que quebrou muitos paradigmas da época em que viveu e que fora motivo de muitas críticas, devido à ousadia que tinha de se colocar e/ou declara através de seus versos e poemas. No entanto não se declarou a qualquer movimento literário estando próximo do neo-romantismo de alguns poetas do final do século, portugueses e estrangeiros.
Pelo caráter sentimental demonstrados em suas obras poéticas destaca-se sua admiração pelo escrito Antonio Nobre. Essa poetisa viveu em um período em que Portugal estava passando estremas complicações, economicamente falando e em plena transição da monarquia pela república em 1910.
Os poemas de Florbela contêm características e traços que demonstram possivelmente que mesmo ela não estando no grupo de Fernando Pessoa na corrente do Orfismo colaborou com o chamado período do modernismo, que se propagava em Portugal no século XX. O modernismo português é demarcado exatamente por aquilo que traz a negação. Partindo desse pressuposto é possível perceber que esta escola literária passar a existir de forma sutil com a intencionalidade de romper com os paradigmas existentes da época, ou seja, o modernismo nasceu com o propósito de se libertar das “amarras “ do passado, uma vez que, estas rupturas implicariam no alargamento das ideias.

Todavia, os autores pertencentes a este movimento poderiam expressar seus pensamentos de forma irreverente sem a preocupação com o alvoroço que isto poderia causar isto fica evidente nas obras de alguns pensadores, dentre eles, a poeta Florbela Espanca, que através de seus poemas feministas revela um erotismo explosivo sem limites. Apesar de ainda trazer como tradição os versos rimados e a estética típica parnasiana devido aos quartetos e tercetos engajados em sonetos, mas que a forma de escrita e de livre expressividade, desabafo daquilo que ela vive. Assim, nesses sonetos podemos evidenciar traços característicos do modernismo português.
Espanca através da sua obra “Ser Poeta”, relata seu amor pela poesia destacando alguns elementos que simboliza a felicidade infinita de ser poeta. Em relação à composição do poema, ele é um soneto, ou seja, um poema curto, estruturado a partir de quatorze versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos finais. A obra apresenta um eu lírico que se diz “superior”, mas que busca alcançar sua magnitude de forma suave, mesmo possuindo inúmeros desejos e não tendo a certeza do que almeja ainda consciente de ter em si a própria motivação para conseguir suas metas. Isto pode ser a sua procura constante pela evasão de limites, entretanto fazendo uso do seu objeto de ser, pretende atingir a muitos num brado continuamente.
Podemos perceber que o modernismo simplesmente quando se trata da mulher, ou seja, a moderna a que sempre tem vontades de querer alcançar e deliberar seus desejos, suas angustias e sofrimentos, de falar de seu amor, ou amores que alcançou que se quer alcançar ou ir mais além do obvio, do tradicional, as características de significação poética dessa poetisa é praticamente do modernismo e podendo ser evidenciado no poema “Ser Poeta”, o mesmo vai se enquadrar principalmente no primeiro e no segundo período modernista português, pois o terceiro período vem abordar outras vertentes, tais como: denúncia social, a realidade vivida e a conscientização ao leitor.
No primeiro e segundo versos do poema, evidenciamos o eu poético expressar de forma verdadeira e original o que se pensa e o que se quer no agora, neste momento, o que na verdade o eu poético se caracteriza como um ser confuso e desorientado, típico da literatura psicológica do presencismo. Portanto, o que podemos perceber é que Florbela contribuiu na fase do modernismo de Portugal e também que muitos de suas obras fazem alusão as duas fases desse período, o Orfismo e o presencismo mesmo cada uma delas tendo suas especificidades e contrariedades.
* graduandos: Lucineide Pereira dos Santos, Maria Cristina de oliveira, Neildes Oliveira de pinho, Robson Teixeira de Oliveira

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

AUTOAVALIAÇÃO

Indubitavelmente, o curso de férias, sobre Diversidade Linguística, com duração de 45hs/aula ministrado pela professora Neila Maria teve por objetivos ampliar os conhecimentos dos discentes ali presentes. Contudo este curso foi de grande valia, pois através do mesmo pudemos conhecer de forma significativa e relevante, as diversas variações e significação que possuem a língua. Estes conhecimentos foram adquiridos mediantes os recursos de natureza humana, audiovisual, entre outros; utilizados para a socialização da temática do curso. Portanto, a assimilação do conteúdo foi fácil, uma vez que já possuíamos conhecimentos básicos sobre a linguagem e a importância que ela tem no contexto da sociedade.
Dessa maneira, observamos que ao conhecer a real essência dos caminhos percorridos pelo “falar” das pessoas, podemos contemplar nossa própria maneira de comunicarmo-nos uns com os outros, como também compreender que somos todos constituídos linguisticamente pelas inúmeras comunidades a que estamos em contato á todo o tempo, e que em nosso país estão a se apresentar continuamente através de sua maneira de expressão mais significativa: a fala. Sobretudo por que, por meio da linguagem é possível caracterizar e diferenciar um determinado indivíduo do restante, conhecendo assim suas características físicas e emocionais a partir do que ele divulga sobre si e sobre os demais que se enquadram no seu meio social.
Logo, este trajeto surtiria melhor aplicabilidade, caso o período de seu desenvolvimento fosse mais longo, uma vez que, devido a ser curso de férias não foi possível explorar com mais afinco os temas subsequentes. Contudo, mesmo com a curta temporada foi possível adquirir mecanismos de como trabalhar essa temática de forma sólida e ampla em sala de aula, e nos demais ambientes que nos cercam. Em suma, me auto avalio com a nota máxima tendo em vista que cumpri os critérios que considero importantes em qualquer avaliação como frequência, participação, entrega de atividades em prazo designado, interesse, entre outros.

domingo, 16 de outubro de 2011

PLANO DE AULA - CULTURA POPULAR

Área do conhecimento: Linguagem, Códigos e suas Tecnologias.
Professora/ Estagiária: Lucineide Pereira dos Santos

Tema Central: Linguagem, Comunicação e Interação

Objetivos

• Ler e analisar a literatura de cordel como um gênero literário específico;
• Conhecer a origem e o processo histórico da literatura de cordel;
• Saber identificar uma literatura de cordel;
• Posicionar-se criticamente sobre a mensagem do texto, buscando elementos de apoio ou de contradição a um determinado ponto de vista;
• Produzir literatura de cordel, levando em conta as características do gênero.


Conteúdos:

• Literatura de Cordel;
• Cultura Popular;
• Leitura e Produção textual: cordel


Metodologia

I Momento (30 minutos)

• Leitura dramatizada pela professora do texto "A velha fofoqueira", de César Obeid.
• Após a leitura, a professora fará os seguintes questionamentos:

a. Vocês gostaram da história?
b. A linguagem apresentada no texto é de fácil entendimento?
c. O que vocês acharam de interessante no texto?
d. O que vocês perceberam quanto a organização do texto? Perceberam os versos? E as rimas?
e. Esse texto que acabamos de ler, é uma literatura de cordel e faz parte da cultura popular. O que vocês sabem sobre literatura de cordel? E sobre cultura popular?

II Momento (40 minutos)

Fazer uma tempestade de ideias com os alunos acerca do tema "Cultura popular e Literatura de Cordel":

• Solicitar que os alunos falem palavras a partir do tema sugerido (essa atividade será feita oralmente).

III Momento (30 minutos)

• Explicar o que é literatura de cordel;
• Informar sobre sua origem e formato;
• Falar do processo histórico como também da importância de se preservar a cultura popular.

INTERVALO (20 minutos)
IV Momento (40 minutos)
Apresentação do autor que será trabalhado:

• Fazer a leitura da Biografia do autor César Obeid.

V Momento (30 minutos)

Divisão dos grupos para leitura e análise de textos de cordel acerca de diferentes temas:

• Dividir a turma em grupos;
• Distribuir a cada grupo um dos textos do autor citado;
• Solicitar que os grupos leiam os textos para:
a. Familiarizarem-se com o gênero;
b. Identificar as suas características;
c. Identificar os assuntos tratados nos textos;
d. Comparar os textos e emitir uma opinião acerca dos conteúdos abordados.

• O grupo deverá registrar por escrito as observações realizadas e, em seguida, eleger um componente do grupo para socializar o trabalho;
• O professor deverá sistematizar o conhecimento adquirido.

VI Momento (50 minutos)
Prática da escrita:

• Agora, solicitar que os alunos se organizem em duplas para produzirem uma literatura de cordel;
• Eles poderão escolher uma das temáticas abaixo ou ficar livres para produzirem sobre o que desejarem;
• Sugestão de temas: Saúde e Orientação Sexual; Meio Ambiente; Vida na zona rural, etc.;
• Depois de produzidos, os textos deverão ser passados a limpo em forma de livrinho, ilustrados e assinados pelos autores;
• O material produzido será exposto num varal colocado na área da escola para ser apreciado por todos.

RECURSOS

• Textos impressos;
• Papel oficio;
• Lápis coloridos;
• Varal;
• Cordão;
• Cartolina.

AVALIAÇÃO DA OFICINA:

• Fazer um quadro numa cartolina com as opções: boa, regular e ótima;
• Distribuir papéis com três cores e pedir que os alunos avaliem a oficina colando um papel numa das opções oferecidas.

Bibliografias utilizadas:

• Obeid, César. Minhas rimas de cordel. Editora Moderna.
• __________ . Cordel a Velhota Fofoqueira. . Acesso em: 15/09/2011.
• Site: César Obeid, Escritor, educador e contador de histórias. www.cesarobeid.com.br. Acesso em: 15/09/2011.

Biografia do Autor

César Obeid, nascido na cidade de São Paulo, é um fiel apaixonado por “culturas populares e contos tradicionais”. Formado em Administração de Empresas pelo Mackenzie, em 1997, já foi comerciante e ator. Hoje dedica a maior parte de suas atividades à difusão da literatura infantojuvenil. Além de pesquisador da poesia popular em versos, é repentista e contador de histórias. Autor de vários livros para jovens e crianças, César Obeid ministra cursos de poesia, de literatura de cordel e de dramaturgia para o público em geral e para educadores. Costuma apresentar seu trabalho como artista e educador em diversos projetos ligados ao SESC, ao SESI e às Secretarias Municipais e Estaduais de Cultura, além de escolas e faculdades. Pela editora Moderna publicou também Minhas rimas de cordel, O cachorro do menino, Aquecimento global não dá rima com legal, Rimas saborosas e Rimas animais.


Cultura Popular Tradicional: Cordeis de César Obeid

O cordel é diferente
Do repente improvisado
O cordel é sempre escrito
Em folheto e declamado
O repente é improviso
Sem ter nada decorado.

Mas o nome do “cordel”
Provém lá de Portugal
Os cordéis ali ficavam
Pendurados num varal
No Brasil é diferente
“Folheto” é o nome usual.

O cordel foi no passado
O jornal do sertanejo
Sem TV nem internet
Num pequeno vilarejo
Esperavam o poeta
Com a rima e com gracejo.

Hoje é muito diferente
De alguns anos atrás
Porque hoje está presente
Nas maiores capitais
Todo o mundo já conhece
Suas rimas naturais.

Quem escreve o cordel
É chamado cordelista
E quem canta improvisado
É chamado repentista
Seja escrito ou de improviso
Rimas são a sua pista.

Estrofes retiradas do livro "Vida Rima com Cordel".
Ed. Salesiana: www.editorasalesiana.com.br


Cordel do Teatro para Crianças

Apresento o meu cordel
Carregado de lembranças
Nesse tema importante
Minhas rimas dão andanças
Vou rimar o que é possível
No teatro pra crianças.

O teatro pra crianças
É suave e inteligente
Apresenta um novo mundo
De uma forma diferente
Respeitando sempre o tempo
Da criança inocente.

A criança no teatro
Aprimora seu ouvido
Sua vida é mais alegre
E tem muito mais sentido
Fica adulto bem mais tarde
Seu caminho é colorido.

Pontos de vistas distintos
Com respeito sem parar
Despertar, esclarecer
Ensinar, também formar
No teatro é apresentado
A arte de representar.

Quem consome arte hoje
No futuro, é cidadão
Fábulas, mitos e poemas
Tudo da imaginação
Não existem as fronteiras
Pra quem vê com o coração.

Pra fazer o bom teatro
Tem que ter muita verdade
Todo mundo crê no jogo
Se houver sinceridade
E outras grandes virtudes
Clareza e simplicidade.

Para adultos ou crianças?
Não dá para comparar
O que vale é a intenção
Da boa história contar
E a platéia de crianças
Com amor já encantar.

Mas tem uma diferença
- É o riso da criança -
A plateia encantada
Todo mundo em festança
Celebrando a nossa vida
Muita música, muita dança.

O teatro pra crianças
Fala a língua universal
Comunicação direta
Para todo pessoal
Um ator entrou em cena
A magia é geral.

O adulto sempre escolhe
O que ele quer assistir
Compra o ingresso e assiste
Pra chorar ou pra sorrir
A criança está aberta
Para o novo que vai vir.

Nas plateias das crianças
O ator se realiza
Alegria de fazer
O que a criança mais precisa
A magia entra em cena
Quando no palco ele pisa.

O real vira o lúdico
E o lúdico, o real.
No teatro pra crianças
A vida é sensacional
A magia está presente
E o palco é genial.

O teatro pra crianças
Muito encantamento gera
Pra mostrar seus sentimentos
A criança não espera
Quando gosta ela sorri
Se não gosta é sincera.

Porque as crianças são
Esperança do futuro
A criança é o ser humano
Em seu estado mais puro
E o brilho dos seus olhos
Só nos livra do apuro.

As crianças nos recebem
Sem impor quaisquer barreiras
Mas às vezes questionam
O por quê das brincadeiras
Entre afetos e revoltas
Suas frases são certeiras.

E o risco do teatro
Pra criança dá prazer
A criança sempre diz
O que ela quer dizer
E nos dá mais otimismo
Pra muito mais fazer.

No teatro pra crianças
A morte é um renascimento
Com cenários, luz e música
Todo tipo de ornamento
Pra fazer esse teatro
Tem que ter muito talento.

Seja então um grande mímico
Que ocupa todo espaço
Seja então um malabarista
Seja um clown ou um palhaço
Pouco importa qual o nome
O que vale é seu abraço.

Quando acaba o espetáculo
A lembrança inicia
Que agora eu vou embora
Com amor e alegria
Deixo as rimas ao teatro
Que o teatro eu idolatro
Adeus, até outro dia.

Este cordel foi escrito por César Obeid especialmente para o evento de comemoração do Dia Mundial do Teatro para Infância e Juventude, dia 20 de março, no ano de 2007, em São Paulo. Este evento foi organizado pelo Centro de Referência do Teatro para Infância de São Paulo.

Cordel da Cultura de Paz- 2008

Apresentado em Evento do Centro de Estudos filosóficos da Palas Athena- São Paulo/SP
Hoje a paz vira cordel
Com sossego e união
Com silêncio e com amor
Com a plena compaixão
Na cultura de paz trago
Muitas rimas de emoção.
Para a cultura de paz
Dou as rimas de excelências
Vou dizer de economia
De política e de ciências
Que as causas, com certeza
Pesam mais que as consequências.
Se a doença é o resultado
Ela é o próprio indicador
De insustentabilidade
E violência sem pudor
Precisamos de políticas
Públicas e também amor.
O antídoto à violência
Com certeza é o respeito
Mas para respeito termos
Qual é o caminho perfeito?
Basta sensibilidade
Fluir sempre do seu peito.
Desse jeito eu percebo
As minhas necessidades
Como também as dos outros
Que carecem liberdades
Novo mundo ao redor
Vai surgindo sem ter grades.
Não é conta matemática
Mas calculo o seu teor
De algum desalinhamento
A doença é o indicador
Qual será a consequência?
Violência sem pudor.
O serviço de saúde
O público, principalmente
É espaço potencial
Para ser um promovente
Dessa cultura de paz
E acolhimento ao doente.
Mas nem tudo está perdido
Basta apenas respirar
Coração da terra (Gaia)
Com o nosso religar
Que um suspiro de harmonia
Pelos ares vai brotar.

Com certeza é bem melhor
Uma vida com saúde
Com amor e alegrias
Paz, respeito e virtude
Mas nem sempre é bom remédio
É melhor ter atitude.
Valores da carta da terra
Respeitar a terra e a vida
Em toda diversidade
Com amor e com paixão
Cuidar da comunidade
Os valores viram rimas
Que nos dão felicidade.
Construir sociedades
Democráticas que sejam
Justas, participativas
E sustentáveis que estejam
Envolvidas com a paz
Para que todos nos vejam.
E que a generosidade
Já invada os corações
E a beleza da Mãe-Terra
Nos sirva de inspirações
Sendo plena e possível
Pras futuras gerações.
Proteger e restaurar
A integridade perdida
Dos sistemas ecológicos
Tem que ser a nossa lida
Respeitando os processos
Que sustentam a nossa vida.
Prevenir danos ao meio
É a melhor proteção
A união da terra e o homem
Deve ser nossa ambição
Com respeito e com carinho
E também com precaução.
E o consumo e a produção?
Como tudo vai ficar?
O consumo responsável
Precisamos adotar
Para que a terra possa
Sempre se regenerar.
A pobreza erradicada
É mais que um bem pessoal
É o imperativo ético
Social e ambiental
Um presente harmonioso
Num futuro genial.
Garantir que cada empresa
Seja bem mais amigável
Promovendo com afinco
De uma forma razoável
Desenvolvimento humano
De maneira sustentável.
Entre os sexos afirmar
Igualdade e eqüidade
Na saúde e educação
No trabalho à vontade
Já estamos começando
A viver a liberdade.
Defender povos indígenas
E também as minorias
Porém sem discriminar
Camuflando as ironias
Com direitos garantidos
Todos vivem alegrias.
Fortalecer quem trabalha
De uma forma democrática
Pra que as instituições
Tenham voz e vez na prática
E a decisão do governo
Seja um pouco mais simpática.
Integrar, na educação
Formal e na aprendizagem
Valores, conhecimentos
Em constante reciclagem
Para um modo de vida
Sustentável com vantagem.
Tratar todos seres vivos
Com respeito e compaixão
Animais, plantas e homem
Em perfeita comunhão
Peixe, boi, porco e galinha
E não só o mico-leão.
Promover uma cultura
Baseada em tolerância
Na qual a paz sempre tenha
A suprema importância
Pro idoso, pra mulher
Para a terra e a infância.

“Não- violência” é capaz
De na treva por a luz
É o caminho em que a paz
Segue nela e nos conduz
Basta seguir os exemplos
Dos mestres Gandhi e Jesus.









PLANO DE AULA- HISTÓRIA EM QUADRINHO

Área do conhecimento: Linguagem, Códigos e suas Tecnologias.
Professora: Lucineide Pereira dos Santos

Tema Central: Linguagem, Comunicação e Interação
Objetivos:
• Compreender o que é história em quadrinhos, e perceber suas características;
• Criar uma HQ com linguagem verbal e visual.
• Criar personagens a partir das fábulas, acrescentando detalhes.
• Utilizar os recursos de expressão relativos à estrutura da HQ na criação do texto.
• Ampliar os saberes que os alunos já possuem sobre a temática;
• Conceituar e identificar frase;
• Reconhecer dentro do texto: frase-oração e período;
• Estabelecer a diferença entre frase, a partir da HQ;
• Produção textual;
• Estimular a criatividade e a capacidade de produzir e de apresentar um trabalho de sua autoria;

Conteúdos:

• Leitura
• Oralidade;
• Escrita;
• Origem da HQ;
• Conceito de frase.


Metodologia:

A oficina realizar-se-á em 4 horas, através de algumas ações:
• Apresentar aos alunos o que são Histórias em Quadrinhos, conceituando a partir de texto informativo;
• Apresentação de algumas histórias em quadrinhos (no intuito de perceberem a posição dos personagens, bem como das falas);
• Apresentação de texto – roteiro (para orientação quanto à estrutura das HQs);
• Apresentação de algumas fábulas (para leitura e criação das HQs);
• Solicitar que os discentes iniciem a criação das HQs;
• Pedir que os alunos citem algumas frases utilizadas em suas criações;
• Conceituar frase: a partir das frases ditas pelos alunos;
• Diferenciar frases, quanto aos sinais de pontuação;
• Criação de um texto, no qual, terão de utilizar os quatro principais tipos de frases.

Etapas previstas:
I Momento (60 minutos
• Distribuir o texto informativo “História em quadrinho no Brasil.”
• Leitura compartilhada do texto anteriormente citado, esclarecendo possíveis questionamentos.
• Apresentação de algumas histórias em quadrinhos (no intuito de perceberem a posição dos personagens, bem como das falas);


II Momento (60 minutos)
• Apresentação de texto – roteiro (para orientação quanto à estrutura das HQs);
• Apresentação de algumas fábulas (explicando a finalidade destas);
• Leitura silenciosa da fábula de acordo com a escolha que cada um fez.
Intervalo (20 minutos)
III Momento (40 minutos)
• Solicitar que os discentes comecem a utilizar sua criatividade, realizando a efetivação das HQs.

IV Momento (60 minutos)

• Conceito de frases, diferenciação das mesmas, quanto a sua pontuação;
• Produção textual tendo a presença dos diferentes tipos básicos de frases.

• Avaliação:
A avaliação acontecerá a partir de vários aspectos observados no educando, tais como:
• Participação individual;
• Construção da HQs;
• Motivação;
• Desenvolvimento da atividade extraclasse.
Recursos:
• Xerox do texto informativo sobre HQs;
• Xerox de histórias em quadrinhos;
• Xerox de fábulas;
• Oficio
• Lápis hidrocor;
• Lápis de cor;
• Réguas.
Atividade extraclasse
Compreensão e interpretação de texto.
Referências:
CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens, 6º ano. 5ª ed.reform. São Paulo: Atual, 2009.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_em_quadrinhos_no_Brasil
http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html
http://ocsan.net/gramatica/gramatica.htm


História em quadrinhos no Brasil
As histórias em quadrinhos começaram no Brasil no século XIX, adotando um estilo satírico conhecido como cartuns, charges ou caricaturas e que depois se estabeleceria com as populares tiras. A publicação de revistas próprias de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX. Mas, apesar do país contar com grandes artistas durante a história, a influência estrangeira sempre foi muito grande nessa área, com o mercado editorial dominado pelas publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses. Atualmente, o estilo comics dos super-heróis americanos é o predominante, mas vem perdendo espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses (conhecidos como Mangá). Artistas brasileiros têm trabalhado com ambos os estilos. No caso dos comics alguns já conquistaram fama internacional (como Roger Cruz que desenhou X-Men e Mike Deodato que desenhou Thor, Mulher Maravilha e outros).

Área do conhecimento: Linguagem, Códigos e suas Tecnologias.
Professora: Lucineide Pereira dos Santos
Aluno (a):_________________________________________
Unidade escolar:____________________________________
Atividade Não presencial
A linguagem dos quadrinhos


1. Observe no primeiro quadrinho.
a) O que representa o desenho que aparece no balão de fala da personagem? O que ele indica no quadrinho?___________________________________________________
____________________________________________________________________
b) Pelo comportamento do menino, o que podemos deduzir: ele domina do skate ou ainda está aprendendo a praticar esse esporte? Justifique sua resposta.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. No segundo quadrinho o menino vê um vaso com um cacto e grita “AH”.
a) Essa palavra é uma interjeição ou uma onomatopéia?
_____________________________________________________________________
b) De acordo com o contexto o que ela exprime?
_____________________________________________________________________
3. No terceiro quadrinho, aparecem as seguintes palavras: POU! , CRÁS!e BLOFT!
a) O que cada uma delas exprime?________________________________________
____________________________________________________________________
b) Qual é o nome desse tipo de palavra?____________________________________
4. No ultimo quadrinho:
a) O balão contém a fala ou o pensamento da personagem?______________________
b) Que relação há entre a acupuntura e o que aconteceu a personagem?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Os balões é um elemento característico dos quadrinhos. Ele contém texto ou imagem, sinais de pontuação ou símbolos e muda de formato dependendo do que deseja expressar:

Fala Transmissão

Grito Uníssono
Pensamento Cochicho

sábado, 13 de agosto de 2011

SÍNTESE

A noção de desenvolvimento e aprendizado esta atrelada a um processo contínuo de evolução humana, desde o nascimento até a velhice, uma vez que este se dá em diversos campos da existência, ou seja, através das relações que o individuo mantém com o outro e com o mundo. Esta afirmação se dá, tendo como base as teorias vygotskianas, explícitas no texto em estudo: Desenvolvimento e aprendizado, da autora Martha Oliveira, no qual a mesma passa a desenvolver os diversos níveis e estágios do processo de desenvolvimento e aprendizado humano.
Segundo a autora, Vygotsky, nos remete a considerar etapas que são importantes no desempenho do desenvolvimento do sujeito, constituindo-os como desenvolvimento real e potencial, na medida em que o primeiro refere-se a algumas tarefas que a acriança consegue executar de forma independente, sem necessitar da ajuda de outras pessoas. Já a segunda, por sua vez, é oposta, ela é caracterizada a partir das etapas posteriores que o individuo tem como exemplos de outras pessoas, cujos afetam significativamente o resultado da ação individual.
Considerando tal ação, é possível perceber que a mesma atribui importância extrema nas relações sociais no processo de construção das funções psicológicas humanas. Mediante tais informações é plausível conceituar que os dois níveis de desenvolvimento antes citados possuem ligações diretas com a zona de desenvolvimento proximal, e esta é definida através das funções de amadurecimento que ainda estão em processo de desenvolvimento, ou seja, é como se o processo de desenvolvimento progredisse mais lentamente que o processo de aprendizado.
Nesta perspectiva podemos afirmar que o aprendizado é um dos elementos principais que impulsionam o desenvolvimento, eis que o aprendizado humano pressupõe uma natureza social especifica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual daqueles que os cercam. Sobretudo porque, a atividade imitativa é uma oportunidade de a criança realizar ações que estão além de suas próprias capacidades, promovendo assim, um melhor desenvolvimento.
Do mesmo modo, isso ocorre quando o aluno recorre ao professor como fonte de informação para ajudá-lo a resolver algum tipo de problema escolar, não está burlando as regras do aprendizado, mas, ao contrário, utilizando-se de recursos legítimos para promover seu próprio desenvolvimento. Dessa forma, qualquer modalidade de interação social, quando integrada num contexto voltada para a promoção do aprendizado e do desenvolvimento poderia ser utilizada, portanto, de forma produtiva na situação escolar.
Mediante as concepções a cerca do desenvolvimento e a aprendizagem considera-se que a pré-história da linguagem escrita seja objeto necessário para a compreensão destes, uma vez que é impossível pensar o ser humano privado do contato com um grupo cultura, que lhe fornecerá os instrumentos e signos que possibilitarão o desenvolvimento das atividades psicológicas mediadas tipicamente humanas. O aprendizado, nesta concepção é o processo fundamental para a construção do ser humano.
Com isso, podemos dizer que independe da atividade a ser executada pelo individuo ele necessitará sempre de um percussor no mesmo âmbito, embora aquilo que se aprende pode e deve ser aprendido de formas diferentes valorizando o contexto critico, mesmo em meio às grandes influências sócio-históricas existentes na sociedade, este fator permitirá o desenvolvimento pessoal e a aprendizagem do sujeito em questão.
REFERÊNCIAS


OLIVEIRA; Martha Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1997.

FICHAMENTO DE CITAÇÃO

BORTONI-Ricardo, Stella Maris, 1945. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008
[...] “a tarefa da pesquisa interpretativa é descobrir como padrões de organização social e cultural, locais e não-locais, relacionam-se às atividades, (p.41)”
“A pesquisa interpretativista não está interessada em descobrir leis universais por meio de generalizações estatísticas, mas sim em descobrir com muitos detalhes uma situação especifica para compará-la a outras situações. (p.42)”
[...] “é tarefa da pesquisa qualitativa de sala de aula construir e aperfeiçoar teorias sobre a organização social e cognitiva da vida em sala de aula, (p.42).”
[...] “Ela examinou a interação de adultos e crianças e de crianças entre si na escola, na rua, em pracinhas e outros espaços públicos (p.42)”.
[...] “transformou seus alunos em verdadeiros etnógrafos, levando-os a entender as maneiras como as crianças lidavam com artefatos de letramento em suas famílias e comunidades, (p.42)”.
[...] “voltaram-se para a observação de como as crianças construíam suas narrativas, como interpretavam recomendações e perguntas feitas pelos professores, entre outros aspectos. (p.42)”
[...] “Seu objetivo era observar como as pessoas da comunidade procuravam traduzir seu conhecimento tradicional em conhecimento cientifico ao dar seus depoimentos. (p.42).”
[...] “ela mostra que certos grupos sociais desenvolvem em casa atividades de letramento afins às atividades das escolas, (p.44).”
[...] “enfatizou também a necessidade de reproduzir na escola elementos da cultura original das crianças, como cantigas, jogos, charadas etc. [...] a integração das dimensões macroanalíticas e microanalíticas na pesquisa educacional, (p.45).”
[...] “dois aspectos na didática de sala de aula ganharam relevância, especialmente, em países industrializados: a interação professor-aluno e a qualidade do processo de aprendizagem, (p.45).”
[...] “visando identificar a melhor forma de apresentar um assunto ou tópico em sala de aula e a acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos. Eles começam a investigar suas próprias turmas e a trocar experiências, o que lhes permitiu identificarem achados equivalentes ou contraditórios, (p.45).”
[...] “mas se propõe também a produzir conhecimentos sobre seus problemas profissionais, de forma a melhorar sua prática. O que distingue um professor pesquisador dos demais professores é seu compromisso de refletir sobre sua própria prática, buscando reforçar e desenvolver aspectos positivos e superar suas próprias deficiências, (p. 46).”
[...] “mas a literatura especializada traz sugestões para o conteúdo de diários dessa natureza, (p. 47).”
[...] “a releitura das notas de um diário é muito útil porque pode propiciar a inclusão de mais detalhes que voltem à memória, (p.47).”


FICHAMENTO DE CITAÇÃO

LIMA, Maria Socorro Lucena. et al. A hora da prática: reflexões sobre o estágio supervisionado. Edições Demócrito Rocha. 4ª Ed.

“O aluno estagiário, agindo sobre o meio e recebendo a influência deste, pode, assim, elaborar o seu conhecimento, trabalhando com conteúdos concretos, indissociáveis da realidade social através da reflexão, troca de experiências e interferir de alguma forma, nesta mesma realidade. (p. 24)”
“[...] Diante das limitações do estagiário convencional pensamos os mini cursos como uma maneira diferente de viver o processo de observação, participação, e regência de um modo mais abrangente. (p. 24)”
“[...] No panorama da profunda crise conjectural e estrutural que a educação vivencia, questionamos até que ponto o estagiário estaria sendo uma prática válida, um trabalho produtivo, tanto para o aluno estagiário como para a escola que o recebe. (p. 25)”
“[...] É ai que se tornam evidentes e até públicas mal resolvidas de ensino-aprendizagem, falta de preparo e de métodos, de criatividade, dificuldade de comunicação e tantos outros (p.25)”
“[...] Entre outras experiências de estágios vivenciadas por professores de outras universidades, o minicurso trabalhado por nós, evidencia características bem peculiares. (p. 27)”
“[...] A finalidade do minicurso é o aprofundamento, a discussão e a troca de experiências sobre temas sugeridos pelo público. (p. 27)”
“[...] A nossa proposta de estágio minicurso para a comunidade não é um treinamento comum, verticalizado, burocrático, mais um curso com características próprias, identificado com a nossa maneira de conceber a educação com os nossos ideais e utopias, em consonâncias com a realidade na qual estamos inseridos, com as reais possibilidades dos estagiários e as aspirações da comunidade. (p. 28)”
“[...] O minicurso é uma atividade coletiva, gestada e construída passo a passo, etapa por etapa, junto aos alunos e hoje, a experiência passa por uma fase melhor elaborada, ganhando espaço junto aos outros professores de graduação, colegas de outras universidades, bem como no surgimento de novos projetos. (p.30)”
“[...] Não é um trabalho pronto. É uma caminhada. (p. 31)”
“[...] Um repensar sobre a prática de ensino nos cursos de licenciatura e, principalmente, o desafio de abrir mão das posturas tradicionais. (p. 31)”